Anjos em batalha espiritual
Uma outra passagem cm Apocalipse que
merece destaque é a que descreve uma batalha no céu entre Miguel e seus anjos,
contra o dragão e seus anjos, onde Satanás é derrotado e lançado á terra (Ap
12.7-9). A que evento histórico esta guerra celestial corresponde tem sido
bastante discutido. Para alguns, refere-se á queda de Satanás no principio,
quando revoltou-se contra Deus e foi expulso dos céus. Para outros, a vitória
final de Cristo, ainda por ocorrer no fim dos tempos.
0 contexto, entretanto, parece favorecer outra interpretação, ou seja, que esta derrota de Satanás nas regiões celestiais corresponde à vitória de Cristo, ao morrer e ressuscitar, já que ela aconteceu, "por causa do sangue do cordeiro" (Ap 12. 10; cf. Jo 12.3 1; 16.1 l).À semelhança do Antigo Testamento, o Novo é igualmente reservado em narrar estas pelejas celestiais, e limita-se a registrar dois confrontos do arcanjo Miguel com Satanás (Jd 9; Ap 12.7-9). Não temos condições de saber quais as razões para estes embates entre anjos, e nem quão freqüentemente eles ocorrem no misterioso mundo celestial.
0 contexto, entretanto, parece favorecer outra interpretação, ou seja, que esta derrota de Satanás nas regiões celestiais corresponde à vitória de Cristo, ao morrer e ressuscitar, já que ela aconteceu, "por causa do sangue do cordeiro" (Ap 12. 10; cf. Jo 12.3 1; 16.1 l).À semelhança do Antigo Testamento, o Novo é igualmente reservado em narrar estas pelejas celestiais, e limita-se a registrar dois confrontos do arcanjo Miguel com Satanás (Jd 9; Ap 12.7-9). Não temos condições de saber quais as razões para estes embates entre anjos, e nem quão freqüentemente eles ocorrem no misterioso mundo celestial.
Digno de nota é o fato que Miguel, que
no Antigo Testamento aparece como guardião de Israel, surge
aqui em Ap 12.7-9
como defensor da Igreja, liderando as hostes angélicas contra Satanás e seus demônios,
que procuram destruir a obra de Deus. Sua área de ação não e mais o território
de Israel, mas o mundo, onde quer que a Igreja esteja.A constatação deste fato deveria moderar a fascinação de muitos hoje pela idéia de espíritos territoriais, maus ou bons, que seriam supostamente responsáveis por determinadas regiões geográficas, e que se embatem em busca da supremacia sobre aqueles locais. É possível que as nações ou outras regiões tenham seus príncipes angélicos, bons ou maus, mas esta idéia não exerce qualquer função ou influência no ensino do Novo Testamento, quanto aos anjos e á sua participação na luta da igreja contra os "principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso" (Ef 6.12).
Enquanto que em Daniel os principados e as potestades aparecem relacionados com determinados territórios, no Novo Testamento eles aparecem não mais relacionados com regiões, mas com este mundo tenebroso. 0 conflito regionalizado do Antigo Testamento tomou caráter universal e cósmico com a vitória de Cristo. 0 diabo e seus príncipes malignos são vistos agora como dominadores, não de determinadas regiões geográficas, mas "deste mundo tenebroso". E os anjos agora servem aos servos de Deus, em qualquer região geográfica do planeta, onde se encontrem.
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