"A Restauração Começa com a Palavra de Deus""“Você não pode impedir que os pássaros da tristeza voem sobre sua cabeça, mas pode, sim, impedir que façam um ninho em seu cabelo.”“Acreditamos saber que existe uma saída, mas não sabemos onde está. Não havendo ninguém do lado de fora que nos possa indicá-la, devemos procurá-la por nós mesmos. O que o labirinto ensina não é onde está a saída, mas quais são os caminhos que não levam a lugar algum.<<<>>>O Espírito do soberano, o senhor, está sobre mim, porque o Senhor ungiu-me para levar boas notícias aos pobres. enviou-me para cuidar dos que estão com o coração quebrantado, anunciar liberdade aos cativos e libertação das trevas aos prisioneiros,isaías 61:1.. porque "todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo". como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram falar? e como ouvirão se não houver quem pregue? e como pregarão se não forem enviados? como está escrito: "Como são belos os pés dos que anunciam boas-novas!" romanos 10:13-15.. então, jesus aproximou-se deles e disse: "Foi-me dada toda a autoridade nos céus e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu ordenei a vocês. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos". mateus 28:18-20.. missionário francisco da igreja pentecostal cura divina da cidade de - sp - brasil, . Minha missão pessoal:"Fortalecer a Igreja do Senhor, alcançar os perdidos, ser uma das Vozes que tragam esperança aos aflitos e descanso aos cansados; lutar para ser o Sal da Terra e a Luz do Mundo, como ordenou meu Senhor e Mestre Jesus Cristo de Nazaré" mt 5:13-14. contato: missionariofranciscosouza@gmail.com ou ministrofranciscsouza@gmail.com >>> tl claro (11)98984-6816 >><< OI (11) 94626-0652 >>>>, Então, Jesus aproximou-se deles e disse: "Foi-me dada toda a autoridade nos céus e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu ordenei a vocês. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos" Mateus 28:18-20. <<<<<>>>> DEIXE SUA OPINIÃO SOBRE ESTE SITES, SUA OPINIÃO PARA MIM É EXTREMAMENTE IMPORTANTE PARA MIM CONTINUA ESFORÇADO PARA DEIXAR ESTE SITES LINDO. OBRIGADO PELA SUA OPINIÃO DESDE JÁ, Desde Ja Agradeço Pela Visita, Volte Sempre. Shalom Adonay! ”

O Primeiro Pecado do Homem

O Primeiro Pecado do Homem

Do solo fez o SENHOR Deus brotar toda sorte de árvores agradáveis à vista e boa para alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore do conhecimento do bem e do mal (Gênesis 2:9).

E lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás (Gênesis 2:16,17).
Então a serpente disse à mulher: E certo que não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal. Vendo a mulher que a árvore era boa para se comer, agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendi­mento, tomou-lhe do fruto e comeu, e deu também ao marido, e ele comeu. Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, perceben­do que estavam nus, coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si. Quando ouviram a voz do SENHOR Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do SENHOR Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim (Gênesis 3:4-8).


Neste estudo gostaríamos de ver como foi que o primeiro homem pecou, e recebê-lo como admoestação para nós hoje. Pois como foi o primeiro pecado, assim serão todos os pecados depois dele. O pecado que Adão cometeu é o mesmo que todos nós cometemos. De modo que, conhecendo o primeiro pecado, podemos compreender todos os pecados do mundo. Pois segundo a perspectiva bíblica, o pecado possui um único princípio.

Em todo pecado podemos ver o "ego" em operação. Embora hoje em dia as pessoas classi­fiquem os pecados em um sem-número de categorias, entretanto, falando por indução, há somente um pecado básico: todos os pensamen­tos e ações que se constituem pecado estão relacionados com o "ego". Em outras palavras, embora o número de pecados no mundo seja deveras astronômico, o princípio subjacente a cada pecado é somente um — tudo o que satisfaz o ego. Todos os pecados são cometidos por causa do ego. Se faltar o ego, não haverá pecado. Examinemos este ponto mais atentamente.
O que é o orgulho? Não é uma exaltação do ego? O que é o ciúme? Não é o temor de ser suplantado? O que é a emulação? Nada mais é que a luta para ser melhor do que os outros.


O que é a raiva? É a reação contra a perda sofrida pelo ego. O que é o adultério? E seguir as paixões e lascívias do ego. Não é a covardia o cuidado que se dá à fraqueza do ego? Ora, é impossível mencionar todos os pecados, mas se examinássemos a todos, um por um, descobri­ríamos que o princípio de todos eles é o mesmo: algo que de alguma maneira se relaciona com o ego. Onde quer que se encontre pecado, aí também estará o ego. E onde quer que o ego for ativo, ali também haverá pecado à vista de Deus.
Por outro lado, ao examinarmos o fruto do Espírito Santo — que representa o testemunho cristão — facilmente veremos o oposto: nada mais é do que atos desprendidos do ego. O que é o amor? Amor é apreciar os outros sem pensar no ego. Que é a alegria? É olhar para Deus a despeito do ego. Paciência é desprezar nossa própria dificuldade. Paz é deixar a perda de lado. Gentileza é não prestar atenção a nossos próprios direitos. Humildade é esquecer-se dos méritos próprios. Temperança é o ser sob con­trole. Fidelidade é domínio-próprio. Ao exami­narmos todas as virtudes cristãs, discerniremos que a não ser pela libertação do ego ou do seu esquecimento, o crente não possui outra virtu­de. O fruto do Espírito Santo é determinado por um único princípio: a perda total do ego.

Mencionei somente algumas virtudes e alguns pecados; mas acho que são suficientes para provar que pecado é seguir o ego ao passo que virtude é esquecer-se do ego. Se compreen­dermos estes dois princípios, poderemos diaria­mente observar todos os vários pecados e julgar se cada um deles relaciona-se com o ego ou não. Mas permita-me dizer-lhe claramente que à parte do "desprendimento" humano não há virtude, e à parte do seu "egoísmo" não há pecado. O ego do homem é a raiz de todos os males.

Nas passagens que lemos no início deste capítulo vimos que existiam duas árvores no jardim do Éden e que Adão, ao comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, trouxe o pecado ao mundo. Examinemos mais atentamente as duas árvores mencionadas. Usa­rei duas palavras para representar o significado de ambas as árvores. O significado da árvore do conhecimento do bem e do mal é independência, e o da árvore da vida é confiança.
Examinaremos primeiro a árvore do conheci­mento do bem e do mal. De saída devemos compreender que o comer do fruto desta árvore em si não é grande pecado. Aqui Adão não cometeu adultério, assassínio, nem muitos ou­tros pecados imundos. Simplesmente comeu do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Ora, embora o que Adão cometeu não fosse algum pecado horrível, não obstante, o comer do fruto desta árvore fez com que não somente ele caísse, mas também sua descendência, desta forma enchendo o mundo de pecados. Embora o pecado cometido por ele não fosse horrível, seu ato deu ensejo a toda sorte de pecados. Segundo nossa lógica, se o primeiro pecado do homem realmente for o "gerador" de todo o pecado do mundo, esse primeiro pecado deve ser o mais horrível de todos. Entretanto o que vemos aqui é meramente um homem comendo fruto demais. Em certo sentido, portanto, é de aparência inócua.

Por que isto é assim? Deus vê o pecado de Adão como espécime típico de incontáveis peca­dos a serem cometidos por todos os homens depois dele. Deus deseja que compreendamos não importa qual seja a natureza do pecado de Adão, essa também será a natureza dos múlti­plos e variados pecados que o mundo cometerá depois de Adão. Externamente o pecado pode ser polido ou rude, mas sua natureza e princípio permanecem sempre os mesmos. O pecado de Adão não é mais que seguir sua própria vonta­de. Uma vez que Deus lhe havia proibido comer desse fruto particular, ele devia completamente ter-se desfeito de sua própria inclinação e obede­cido a Deus. Mas ele desobedeceu a Deus e comeu o fruto, segundo sua própria vontade. E assim ele pecou. Daí se depreende que o pecado de Adão nada mais foi que agir fora de Deus e segundo sua própria vontade. Embora os peca­dos cometidos pela descendência de Adão dife­rissem grandemente do seu em aparência (pois não há outra pessoa que possa cometer o mesmo pecado que Adão cometeu), porém, em princí­pio, também agiram segundo sua própria vonta­de, logo seus pecados têm todos a mesma natureza.
É pecado conhecer o bem o mal? Não é virtude procurar conhecer o bem o mal? Deus conhece o bem e o mal (veja Gênesis 3:5, 22). É pecado ser igual a Deus? Não é algo elogiável procurar ser igual a Deus? Por que, pois, o ato de Adão torna-se a própria raiz de todo o pecado e miséria humanos? Por que motivo? Embora tal ação, aparentemente seja boa, Adão agiu sem o man­damento ou promessa de Deus. E ao tentar conseguir esse conhecimento fora de Deus, se­gundo seu próprio ego, Adão pecou. Agora percebemos o significado da palavra "indepen­dência"? Todas as ações independentes são pecado. Adão não tinha confiado em Deus; não tinha tomado a decisão de obedecer a Deus; havia agido independentemente de Deus; e a fim de conseguir esse conhecimento havia pro­clamado a independência contra Deus. E é por isso que o Senhor declarou ser isto pecado.

Portanto, compreenda isto, não é preciso cometer muitos e terríveis pecados a fim de se considerar pecador. Para Deus, todas as ações realizadas fora dele são pecado. "Ser igual a Deus", por exemplo, é excelente desejo; mas tentar fazê-lo sem ouvir o mandamento de Deus e sem esperar pelo tempo de Deus é pecaminoso à sua vista. Quão freqüentemente julgamos ser as coisas más pecados e as boas, justiça. Deus, entretanto, vê as coisas de maneira diferente. Em vez de diferenciar o bem e o mal pela aparência, ele olha para o modo com que tal ação é feita. Não importa quão excelente tal coisa possa parecer ao mundo, tudo o que for feito pelo crente sem procurar a vontade de Deus, sem esperar por seu tempo, ou sem depender de seu poder (mas feito segundo nossa própria vontade, com pressa, ou por nossa própria habilidade) — tal ação é pecado à vista de Deus.
O Senhor não olha para o bem ou para o mal da coisa em si. Antes, olha para sua fonte. Ele anota mediante que poder tal coisa é feita. A parte de seu próprio poder, Deus não se interes­sa por nenhum outro. Ainda que fosse possível que o crente fizesse algo melhor que a vontade de Deus, ele ainda condenaria a ação e conside­raria o crente ter pecado.

É verdade que todas as suas obras e aspirações são segundo a vontade de Deus? Ou são elas simplesmente sua própria decisão? Suas obras têm origem em Deus? Ou são elas realizadas segundo seu bom prazer? Todas as nossas ações independentes, não importa quão excelentes ou virtuosas pareçam ser, não são aceitáveis a Deus. Tudo o que é feito sem saber claramente a vontade de Deus é pecado aos olhos dele. Tudo o que é realizado sem depender dele também é pecado.
Os cristãos de hoje são muito capazes de fazer coisas, são muito ativos e fazem coisas boas em excesso! Entretanto Deus não olha para a quanti­dade de boas obras que a pessoa realiza; interes­sa-se somente pelo quanto é feito por amor ao seu mandamento. Ele não indaga o quanto a pessoa trabalhou para ele; simplesmente per­gunta o quanto depende dele. O prazer de Deus não se encontra na muita atividade e sim, na dependência que a pessoa tem dele. Não impor­ta quão zelosamente você trabalhe para o Se­nhor, sua obra será em vão se não for feita por ele em você. Devemos fazer esta pergunta a nós mesmos: é a obra que faço realizada pelo Senhor em mim, ou sou eu mesmo quem a efetua? Todas as obras independentes de Deus são pecado.


Por favor, tenha em conta que podemos pecar até mesmo enquanto salvamos almas. Se não dependermos de Deus, mas confiarmos em nosso próprio entendimento e experiência do evangelho, à vista de Deus estaremos pecando e não salvando almas, ainda que gastemos tempo e energia persuadindo as pessoas a crerem no Senhor! Se em vez de perceber nossa total fraqueza e depender inteiramente do poder do Senhor, tentarmos edificar os santos com a força de nosso conhecimento bíblico e da excelência de nossa sabedoria, aos olhos de Deus estare­mos pecando enquanto pregamos! Por melhores que todos os atos de amor e compaixão possam parecer ao público, — se forem realizados por nosso impulso ou força — aos olhos de Deus são pecaminosos. O Senhor não pergunta se fizemos um bom trabalho; somente examina se confia­mos nele. Tudo o que é feito por nossa própria vontade será queimado no dia do juízo de Cristo, mas o que é realizado em Deus permane­cerá.

O significado do fruto da árvore do conheci­mento do bem e do mal não é outro senão o estar ativo fora de Deus, procurar o que é bom segundo o entendimento da própria pessoa, estar com pressa e ser incapaz de esperar a fim de obter o conhecimento que Deus ainda não deu; não confiar no Senhor, mas procurar avan­çar pelo nosso próprio caminho. Tudo isso pode ser resumido numa frase: independência de Deus. Esse foi o primeiro pecado do homem. Deus não tem prazer no homem que se aparta dele e age independentemente. Pois ele deseja que o homem confie nele.
O propósito do Senhor ao salvar o homem e também ao criá-lo é que o homem confie em Deus. Eis o significado da árvore da vida: confiança. "De toda árvore do jardim comerás livremente", disse Deus a Adão; "mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás." Dentre todas as árvores cujos frutos podiam ser comidos, Deus menciona especial­mente a árvore da vida em forte contraste com a árvore do conhecimento do bem e do mal. "E também a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore do conhecimento do bem e do mal." Ao notarmos a menção particular de Deus à árvore da vida, devemos reconhecer que de todas as árvores comestíveis, esta é a mais importante. E desta árvore que Adão devia ter comido primei­ro. Por que é isto assim?

A árvore da vida representa a vida de Deus, a vida não criada de Deus. Adão é um ser criado, portanto não possui esta vida não criada. Embo­ra a esta altura ele ainda esteja sem pecado, não obstante é apenas natural uma vez que não recebeu a vida santa de Deus. O propósito de Deus é que Adão escolha o fruto da árvore da vida por sua própria vontade para que se relacio­ne com Deus pela vida divina. Assim, Adão, de simples criatura de Deus, chegaria ao novo nascimento. O que Deus requer de Adão é que negue sua vida natural e se una a ele pela vida divina, destarte vivendo diariamente pela vida de Deus. Este é o significado da árvore da vida. O Senhor queria que Adão vivesse por essa vida que não era dele originariamente.
Logo, temos aqui o sentimento distinto da dependência, confiança. Pois quando o ser cria­do vive por sua vida natural, não precisa depen­der de Deus. Esta vida criada é autônoma e autopreservadora. Mas para que o ser criado viva pela vida do Criador, ele tem de ser totalmente dependente pois a vida que levaria então não seria sua, mas de Deus. Ele não poderia ser independente de Deus mas teria de manter constante comunhão com ele e confiar completamente nele. Essa é a vida que Adão não tem em si mesmo e logo deve confiar em Deus a fim de recebê-la. Além disso, essa vida — se recebida por Adão — é a que ele não poderia levar por seu próprio esforço; por isso teria de depender de Deus continuamente a fim de conservá-la. Assim, a condição para conservá-la tornar-se-ia a mesma condição para recebê-la. Adão teria de depender dia a dia a fim de viver esta vida santa de uma maneira prática.


Tudo isto que temos dito com respeito a Adão, Deus também o exige de nós. Na época de Adão a vida de Deus e a vida do homem estavam presentes no jardim. Hoje, a vida divina e a vida humana estão presentes em nós. Nós, os que cremos no Senhor e somos salvos, nascemos de novo — isto é, nascemos de Deus; e assim temos uma vida de relacionamento com Deus. A vida da criatura está em nós, mas também está a vida do Criador. O problema atual então, é se vive­mos ou não pela vida divina — se nossa vida depende ou não totalmente de Deus. Assim como nossa carne não pode viver se estiver separada de sua vida natural, da mesma forma nossa vida espiritual não pode prosseguir se estiver separada da vida do Criador.
Deus não deseja que tenhamos nenhuma atividade fora dele. Deseja que morramos para nós mesmos e sejamos dependentes dele como se não pudéssemos nos mover sem ele. Ele não gosta que iniciemos nada sem sua ordem. Ele se agrada de que realmente percebamos nossa inutilidade e confiemos nele de todo o coração. Devemos resistir a todas as ações independentes de Deus. As obras que são feitas sem oração e espera, sem procurar conhecer claramente a vontade divina, sem confiar inteiramente em Deus, e sem examinar nossa consciência a fim de determinar se o ego ou a impureza estão mistu­rados: tudo isto provém de nós mesmos e é pecado à vista de Deus.

O Senhor não pergunta quão boa é nossa obra; ele somente pergunta quem fez a obra. Ele não será movido pelo pequeno bem que você e eu façamos. Ele não está satisfeito com nada a não ser sua obra. Você pode estar ativamente engaja­do na obra dele e trabalhar muito; você pode até mesmo sofrer por causa de Cristo e de sua igreja; mas se não tiver certeza de que é Deus que deseja que você realize a obra, ou se não compreender completamente sua própria igno­rância e incompetência e com muito temor e tremor se lance sobre o Senhor, então, como Adão, você estará pecando à vista de Deus. Oh! Cesse sua própria obra! Não pense que pode fazer tudo o que seja bom. Você pode labutar e se esforçar segundo seu próprio prazer, mas terá pouca ou nenhuma utilidade espiritual.
Todos nós sabemos que o incrédulo, não importa quão boa seja sua conduta, não pode ser salvo por ela. Não conhecemos nós tantos não-crentes cuja conduta é recomendável? São amá­veis, gentis, humildes, pacientes; muitas vezes ultrapassam a média dos cristãos em virtude. Por que, apesar da conduta invejável, ainda não são salvos? Porque todo este bem provém de sua vida natural, logo não podem obter a aprovação de Deus. Deus somente se agrada do que pertence a ele; do que procede dele. Conseqüen­temente, incrédulo algum pode agradar a Deus com seus próprios feitos.
O mesmo se aplica ao crente. Pensamos poder agradar ao Senhor com nossas obras boas e zelosas? Precisamos compreender que a não ser pela vida que Deus nos deu, não existe a mínima diferença entre o nosso ego e o ego dos incrédu­los. Os egos são absolutamente os mesmos. A vida natural do pecador e a vida natural do santo não diferem uma da outra. Se as boas ações realizadas pelos incrédulos, mediante esta vida natural são rejeitadas por Deus, também o será o bem praticado mediante a vida natural pelos crentes.

É triste que esqueçamos tão prontamente a lição que antes tínhamos aprendido! Quando cremos no Senhor Jesus, Deus convenceu-nos por seu Espírito Santo de que nossa justiça, a seus olhos, para nada servia. Depois de sermos salvos, entretanto, de alguma forma, voltamos a imaginar que agora nossa própria justiça é útil e agradável a Deus. Devíamos saber que pelo fato de sermos salvos e nascidos de novo nossa velha vida não melhorou nem mudou em nada. A não ser pela vida nova recém-obtida de Deus, nosso antigo ego permanece o mesmo.
O princípio que aprendemos na regeneração devia ser mantido continuamente. Uma vez que nós, quando incrédulos, não fomos salvos por nossas obras independentes, da mesma forma, nós, os crentes, não ganharemos a aprovação de Deus por nossas ações independentes. Tudo o que é feito fora da dependência de Deus é desagradável a ele. Quer proceda do pecador quer do santo, a ação independente é rejeitada por Deus.


Você pode se gloriar de quanto, como crente, tem feito; o quanto tem trabalhado, e até mesmo quanta bênção e fruto tem experimentado; ainda assim, aos olhos de Deus estas não passam de obras mortas e sem utilidade alguma. Pois todas elas são realizadas por você mesmo e não pela operação divina em você. Quão difícil é depender de Deus! Quão difícil é para os sábios confiarem! Quão árduo é para os talentosos confiar em Deus! Muitas vezes tornamo-nos ativos sem esperar que Deus nos dê força especial. É-nos tremendamente difícil negar o nosso talento, tornar-nos totalmente inúteis pe­rante Deus e não depender de nossa capacidade mas totalmente do Senhor. O Senhor deseja que neguemos a nós mesmos e a nosso poder e que reconheçamos a nossa fraqueza e a inutilidade de nossas palavras e ações. A não ser que primeiro chegue o suprimento de Deus, não podemos dizer palavra alguma nem realizar nada. É assim que ele deseja que dependamos dele. Pois o que temos em nós mesmos sem dúvida nos afastará de Deus. Nosso talento, nossa sabedoria, nosso poder e nosso conheci­mento, tudo tenderá a fortalecer nossa autocon­fiança excluindo nossa confiança nele. A menos que propositada e persistentemente neguemos nossa capacidade, jamais dependeremos de Deus.
Quando pequena, a criança depende de seus pais para tudo; mas quando cresce possui em si mesma tal poder e sabedoria que procura a independência em vez da dependência. Nosso Deus deseja que tenhamos com ele um relacio­namento permanente como crianças para que possamos continuamente confiar nele.

Você acha que agora tem poder? Que já foi santificado? Que já foi enchido permanentemen­te com o Espírito Santo? Que suas obras já produziram frutos? Se assim for, essa maneira de pensar privá-lo-á de um coração dependente. É preciso que você mantenha a atitude e a postura de desamparo perante os homens a fim de fazer real progresso no caminho de Deus. Se permitir que o ego penetre sutilmente de modo que você se considere a si mesmo como tendo tudo, deve compreender que não mais estará dependendo de Deus.

Eu, que agora falo com você, não tenho certeza alguma quanto a meu futuro. Não sei se ainda estarei pregando o evangelho no ano que vem. A menos que Deus me conserve até o ano que vem, pode ser que eu não possa servir; deveras, posso até mesmo nem seguir a Cristo. Digo isto com um coração angustiado, pois sei que não tenho meios de conservar a mim mesmo. Se Deus não me conservar, confesso não ser por mim mesmo capaz de estar em pé no lugar humilde de hoje. Lembro-me de como estive a ponto de separar-me de Cristo muitas vezes desde o dia em que me tornei crente, mas louvo a Deus por ter-me conservado.

Permita-me dizer-lhe que a não ser mediante o depender de Deus e confiar nele momento a momento, não conheço outra maneira de viver uma vida santificada. Se não dependermos do Senhor não podemos saber quanto tempo conti­nuaremos com ele. Sem depender de Deus nada podemos fazer, nem tampouco podemos viver como crentes por um único dia.
Será que realmente percebemos isto? Ou será que ainda temos um pequeno poder com o qual sustentar a nós mesmos e ter sucesso em muitas coisas? Seja manifesto a todos que a autoconfiança é o inimigo da dependência de Deus. Deus deve levar-nos até nosso fim para que saibamos não existir bem algum em nós. Não fosse por sua graça, teríamos derrotas de todos os lados. Devemos chegar ao ponto em que percebamos ser absolutamente indignos e não ter força alguma. Não ousamos ser autoconfiantes, nem ousamos tomar qualquer ação inde­pendente, fora de Deus. Devemos continuar prostrados perante ele com temor e tremor, buscando sua graça. De outra forma, nossa natureza fará com que nos consideremos compe­tentes, tendo prazer em nossas próprias ativida­des e recusando-nos a depender de Deus.

Ao olhar para os anos passados posso ver que muitos irmãos a quem conheci se desviaram. Ainda me lembro do que certo irmão me disse um dia: "Senhor, agora conhecemos as Escritu­ras que o senhor prega; temos feito grande progresso e não estamos muito distantes de seus obreiros." Que autoconfiança! Mas onde estão esses irmãos hoje? Também lembro de outro irmão dizer-me recentemente: "Irmão Nee, pode ser que eu não conheça muita coisa, mas pelo menos conheço os ensinamentos bíblicos ..."ao ouvir isto, imediatamente percebi que este irmão corria sério perigo. Hoje, ele também se desviou do caminho estreito. São muitas as tragédias similares que podemos recordar durante nossa vida. A causa principal de tais tragédias é a autoconfiança. A autoconfiança é a causadora de todas as derrotas.

O que Deus deseja que saibamos hoje é que não podemos depender absolutamente de nosso ego. Deseja que confessemos nossa fraqueza e inutilidade em todo o tempo. Deseja que tenha­mos consciência do que nunca tivemos antes — isto é, deseja que estejamos cônscios de nossa total insuficiência e que admitamos que se não fosse por seu poder conservador, não podíamos permanecer nem um momento e que se não fosse por sua fortaleza nada podíamos fazer. Possamos nós ser quebrantados pelo Senhor hoje para que não ousemos tomar nenhuma ação independente ou abrigar nenhuma atitude fora dele. Doutra forma, o fim inevitável será a vaidade e a derrota. Que Deus tenha misericór­dia de todos nós!



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