0 propósito da carta
1 )c‘stacamos três propósitos do apóstolo Paulo ao escrever 1 ssa carta: l',m primeiro lugar, encaminhar Zenas e Apoio (3.13). Essa I a ria dc Paulo a Tito serviu como mensagem de recomenil. ic^ao para Zenas, o intérprete da lei, e Apoio, o eloquente evangelista, que foram também os portadores da missiva. Pm segundo X\x^2x, pedir para Tito encontrar-se com Paulo (7// Nicópolis (3.12). Assim que Tito tivesse concluído seu 1 r.ibalho, deveria deixar Creta para encontrar-se com Paulo
cm Nicópolis, antes da chegada do inverno. E muito provável que eles tenham se encontrado nessa cidade, uma
vc'/ c]ue quando Paulo escreveu sua última carta a Timóteo,
cia prisão romana, disse que Tito tinha ido à Dalmácia (.rim 4.10). C'oncordo com Charles Erdman quando disse que não deveríamos deduzir que Tito tenha abandonado Paulo na prisão em Roma; antes, deve ter recebido mais uma missão para um lugar difícil e perigoso. Em terceiro lugar, dar instruções pastorais acerca do que à igreja deveria fazer. Tito deveria dar instruções à igreja [lara a promoção do espírito de santificação nas relações eclesiásticas, individuais, familiares e sociais. Desses três propósitos enunciados, o último é o que cobre a maior parte da carta.^^ Uma introdução à carta de Paulo a Tito
Van Oosterzee acentua o fato de que a moralidade dos
cretenses estava longe do que deveria ser (1.12), e, temendo que esses novos convertidos retrocedessem aos seus antigos vícios, Paulo sentiu a necessidade imperativa de orientarTitosobre como conduzir-se no meio desse povo, especialmente no estabelecimento da ordem na igreja, a fim de que os falsos mestres nao a tomassem de assalto.^^ As principais ênfases da carta A carta de Paulo aTito trata de vários temas fundamentais para a igreja. Em primeiro lugar, a organização das igrejas (1.5). Muitas coisas estavam fora de lugar nas igrejas de Creta. Tito foi deixado lá para colocá-las em ordem. Essas coisas incluíam o ensino da sa doutrina, a aplicação da disciplina, o combate aos falsos mestres e a instrução da sã doutrina aos crentes. Em segundo lugar, a liderança das igrejas (1.5-9). Paulo
tinha uma solene preocupação com o governo da igreja.
Uma igreja bíblica precisa ter líderes sãos na fé e na conduta.
Paulo deixa claro que o objetivo supremo do governo da
igreja é a preservação da verdade revelada.^'*
O apóstolo também afirma que o conhecimento da
verdade desemboca num a vida piedosa (1.1). Os hereges,
tanto do gnosticismo incipiente quanto do judaísmo,
enfatizavam um conhecimento que não produzia piedade.
A doutrina não pode estar separada da vida. A verdadeira doutrina produz vida santa, e vida santa é o resultado da verdadeira doutrina. Uma não existe sem a outra. Uma écausa, a outra é consequência.
Em terceiro lugar, o combate aos falsos mestres e às falsas doutrinas (1.10-16). A liderança da igreja precisa vigiar T ito e F ilemom - doutrina e vida um binôm io inseparável |)ara que os lobos que estão do lado de fora não entrem; iK-in os lobos vestidos de peles de ovelha, disfarçados ck-iitro da igreja, arrastem após si os discípulos (At 20.29- 31). Esses falsos mestres podiam ser identificados por
inlclectualismo especulativo (3.9), espírito de exclusividade (2.11), ascetismo (1.15), licenciosidade (1.16), ganância (1.11), mitos e fábulas (1.14) e legalismo judeu, que exigia 1 circuncisão e promovia fábulas judias e mandamentos de homens (1.14).^^ Meyer Pearlman menciona quatro características desses lalsos mestres: 1) quanto a seu caráter, eram insubordinados, enganadores e faladores (1.10); 2) quanto às suas motivações, eram gananciosos (1.11,12); 3) quanto ao seu ensino, eram apegados às tradições judias e lendas (1.14), i'xigindo abstinência de alimentos (1.15); 4) quanto às suas pretensões, professavam ser verdadeiros mestres do evangelho, mas sua vida pecaminosa desmentia a sua profissão d.16).-^''’ iím quarto lugar, o ensino da sã doutrina (2.1). A igreja niio deveria ficar apenas na defensiva, combatendo os falsos
mestres, mas deveria sobretudo engajar-se no ensino da sã
doutrina. Esta palavra “sã” é um termo médico e indica a doutrina que está livre de corrupção e enfermidade. É evidente que a falsa doutrina e o falso ensino ameaçavam a igi'eja cretense. Em quinto lugar, a promoção da ética cristã (2.2-10). Paulo dá orientações claras para os líderes e para os liderados. As prescrições apostólicas contemplam os idosos, os recémcasados, os jovens e os servos. Não é suficiente ter doutrina sã, é preciso também ter vida santa. A doutrina sempre deve converter-se em vida. Q uanto mais conhecemos a verdade, lanto mais deveríamos viver em santidade. Diferentemente Uma introdução à carta de Paulo a Tito
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dos gnósticos, o conhecimento da verdade nao nos conduz
à soberba, mas à humildade.
Em sexto lugar, a prática das boas obras (2.11-14; 3.8,14).
Não somos salvos pelas boas obras, mas demonstramos
nossa salvação por meio delas. A salvação é pela fé somente,
mas a fé salvadora nunca vem só; ela é acompanhada das
boas obras. A fé é a causa; as boas obras são o resultado da
salvação. As nossas boas obras não nos levam para o céu,
mas nos acompanham para o céu (Ap 14.13). Em sétimo lugar, a submissão às autoridades (3.1-11). A igreja de Deus é um lugar de ordem, e não de anarquia; de obediência, e não de insubmissão. Insurgir-se contra as autoridades instituídas por Deus é desafiar o próprio Deus
que as instituiu. Assim, a fonte da autoridade não está nela mesma, mas em Deus. Resistir à autoridade é resistir a Deus. Dessa forma, Paulo está combatendo dois erros. O primeiro deles é a autocracia. Toda vez que a autoridade atribui a si mesma o poder, age de forma autocrática e truculenta. O poder vem de Deus e deve ser exercido em nome de Deus, de acordo
com o caráter e as prescrições de Deus. O segundo erro é a anarquia. A desobediência à autoridade, seja no Estado, seja na igreja ou na família, é um atentado contra a ordem
estabelecida pelo próprio Deus. Se a autoridade não pode exceder-se, atribuindo a si
mesma poder, os liderados nao podem rebelar-se, sacudindo de si o jugo da obediência.
T ito e F ilemom - doutrina e vida um binôm io inseparável
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