De acordo com o Evangelho
de Lucas, no dia deste milagre Jesus estava pregando no Lago Genesaré (Mar da
Galileia) quando ele viu dois barcos próximos da margem.
Ele entrou no barco pertencente a Simão (Pedro) e, afastando-se um pouco da margem, ele se sentou e passou a pregar para o povo a partir do barco. Em seguida, ele disse a Pedro: «Faze-te ao largo, e lançai as vossas redes para a pesca.» (Lucas 5:4), ao que Pedro respondeu: «Senhor, tendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos; porém sobre a tua palavra lançarei as redes.» (Lucas 5:5)
Ele entrou no barco pertencente a Simão (Pedro) e, afastando-se um pouco da margem, ele se sentou e passou a pregar para o povo a partir do barco. Em seguida, ele disse a Pedro: «Faze-te ao largo, e lançai as vossas redes para a pesca.» (Lucas 5:4), ao que Pedro respondeu: «Senhor, tendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos; porém sobre a tua palavra lançarei as redes.» (Lucas 5:5)
Assim que o fizeram,
"apanharam uma grande quantidade de peixe; e as redes rompiam-se.",
sendo necessária a ajuda de um outro barco. Quando Pedro viu a quantidade de
peixes que apanharam, suficiente para encher os dois barcos a ponto de quase
afundá-los, ele caiu aos pés de Jesus e disse "Retira-te de mim, Senhor,
porque sou um homem pecador", ao que Jesus respondeu: "Não temas; de
ora em diante serás pescador de homens.". Após o evento, além de Pedro,
Tiago e João abandonaram tudo e passaram a seguir Jesus.
Segunda pesca
milagrosa[editar | editar código-fonte]
No Evangelho de Lucas
(Lucas 5:1-11), a primeira ocorrência da pesca milagrosa ocorre logo no começo
do ministério de Jesus e, como resultado, Pedro, Tiago e João, estes dois
últimos, filhos de
Zebedeu, se juntam a Jesus e passam a segui-lo como seus
discípulos.1 2 3
A segunda pesca milagrosa,
que também é conhecida como pesca dos 153 peixes, lembra a primeira. Ela
acontece no último capítulo do Evangelho de João (João 21:1-14) e acontece
depois da ressurreição de Jesus.4 5 6 7
Na arte cristã, os dois
milagres se distinguem pelo fato de que, no primeiro, Jesus aparece sentado no
barco com Pedro, enquanto que no segundo, ele está de pé na margem.
De acordo com o Evangelho
de João, sete discípulos - Pedro, Tomé Dídimo, Natanael, os filhos de Zebedeu
(Tiago e João) e dois outros - decidiram ir pescar na noite seguinte à
ressurreição de Jesus, sem sucesso nenhum. No alvorecer do dia seguinte, Jesus
(que eles não reconheceram) os chamou a partir da margem: «Moços, apanhastes
algum peixe?» (João 21:5). Quando eles reponderam que não (a questão, em grego,
usa uma partícula para a qual se espera uma resposta negativa),8 9 Jesus
respondeu: "Lançai a rede à direita da barca, e achareis.", o que
eles fizeram e "já não podiam puxá-la por causa do grande número de
peixes."
Percebendo então a
identidade do estranho, o discípulo que Jesus amava disse a Pedro: "É o
Senhor!", o que fez com que Simão Pedro pulasse na água para ir ao seu
encontro (uma cena retratada com frequência na arte cristã), enquanto que os
demais discípulos o seguiram no barco, rebocando a rede, que se mostrou «cheia
de cento e cinqüenta e três grandes peixes» (João 21:11). Jesus então assou e
comeu alguns deles com os discípulos.
Esta passagem tem sido
tradicionalmente parte do lecionário seguinte à Páscoa e sermões sobre ela
foram compostos por Agostinho de Hipona10 e João Crisóstomo,11 entre outros.
A pesca milagrosa é a forma como nos referimos a um de dois eventos da vida de Jesus nos evangelhos. Os milagres ocorreram com anos de diferença entre si, mas em ambos os casos os apóstolos estão tentando pescar sem sucesso no Mar da Galileia quando Jesus pede-lhes que tentem uma vez mais lançar as redes, ao que eles são recompensados com uma grande quantidade de peixes.
153 peixes
A precisão a respeito do
número de peixes (153) tem sido há muito considerada e diversos autores
argumentaram que este número teria um significado mais profundo, com diversas
teorias conflitantes entre si tentando explicá-la. Discutindo algumas dessas teorias,
o teólogo D. A. Carson sugere que "Se o evangelista tivesse algum
simbolismo em mente ligado ao número 153, ele o escondeu bem",12 enquanto
que outros acadêmicos notam que "nenhuma das explicações simbólicas para
os 153 peixes em João 21:11 recebeu até o momento amplo apoio".13
Referências a aspectos do
milagre ou à ideia geral dos "pescadores de homens" podem ser
encontradas através do uso do número 153. Como exemplo, a St Paul's School, em
Londres, foi fundada em 1512 por John Colet para ensinar os filhos de 153
homens pobres.14
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