O Arrebatamento da Igreja
1 – A DEFINIÇÃO DO
ARREBATAMENTO
Apesar de a palavra Arrebatamento não constar na Bíblia, sua
ideia de “retirada da igreja da Terra” está presente em 1Ts 4.17, derivando da
palavra grega ἁρπάζω, que significa “arrancar” (segundo o Léxico, de Strong,
significa pegar, levar pela força, arrebatar, agarrar, reivindicar para si
mesmo ansiosamente14).
Ao dizer que “os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro”
(1Ts 4.16), o texto parece se referir apenas à igreja e não a todos os salvos
de todas as eras.
Três passagens falam sobre o Arrebatamento: João 14.1-3;
1Coríntios 15.50-58 e 1Tessalonicenses 4.1318.
2 – A VISÃO PRÉ-TRIBULACIONISTA DO
ARREBATAMENTO
O Arrebatamento da igreja (tanto dos vivos como dos mortos)
ocorrerá antes do período de sete anos da Tribulação, ou seja, antes da 70ª
semana de Daniel (Dn 9.24-27).
As razões para a crença nessa posição são:
a) A promessa de preservação “da hora da provação” de Ap
3.10, associada ao anúncio da segunda vinda de Jesus em no v.11b, sugerindo,
com muita força, tratar-se do período da Tribulação.
O fato de Jesus não
ter voltado na geração da igreja a quem se dirigiu tal promessa demonstra que
se trata de uma esperança dirigida a toda a igreja (cf. Ap 3.13). Deve-se notar
que o texto de Ap 3.10 não diz que os crentes serão guardados “na provação”,
mas “da hora da provação”. Não significa fortalecer durante o sofrimento, mas
evitar que se entre nele.
b) Em 1Ts 5.1-11, Paulo afirma que
apenas os incrédulos serão alvos do “Dia do Senhor” (v.2), e não os
crentes.
Quanto a esses, “Deus não os destinou para a ira” (v.9).
Apesar de esse texto poder ser compreendido, no âmbito geral, como a perdição
eterna, o contexto imediato trata do juízo terreno chamado “Dia do Senhor”, o
qual acometerá de surpresa os perdidos. Esse “Dia do Senhor” é associado ao
período da Tribulação, para o qual, segundo o texto, os crentes não foram
destinados.
Além disso, o fato de esse texto (1Ts 5.11) ser
imediatamente posterior ao que fala do “Arrebatamento” (1Ts 4.13-18), torna
mais clara ainda a ideia de que a igreja, por meio do Arrebatamento, será
poupada do período da Tribulação para o qual não foi destinada.
c) A completa ausência de menções da
igreja nos relatos da Tribulação (Ap 4–19).
Para não basear esse argumento apenas no “silêncio” da
Bíblia, é notório o serviço prestado a Cristo naquele período, por parte de
judeus, diferente do que ocorre hoje por meio da igreja (Ap 7.4-8;
14.1-5).
d) A menção, em 2Ts 2.1-9, da remoção daquele “que agora o
detém” antes do "Dia do Senhor” e da revelação do “homem da iniquidade”.
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